Hello Girls and boys
Não falei que iria postar todos os dias até o meu último dia aqui no Brasil sil sil sil! rsrsrsrs
Gente este post vai em especial pra quem ainda está em dúvida se quer mesmo seguir nesta vida de intercambio maluco, mas muito compensador no final :) Pode ter certeza!
A linda da Alana (Beijo amei vc ter compartilhado este blog) que está no mesmo vôo e semana de treinamento comigo ela postou o blog de uma menina que está fazendo um intercambio na Zeuropa na Croácia, ela postou um texto LINDO DE MORRER e muito inspirador para as indecisas!
Leiam até o final pReaze.. vcs vão gostar! I swear ;)
O Ano Perdido
Dia
11 de fevereiro de 2013. Há pouco mais de 9 meses eu entrava num avião com uma
única certeza: a incerteza! Trocava uma “formatura-certa” e um “futuro-certo”
por um intercâmbio para um lugar que eu nunca tinha ido, nunca tinha ouvido
falar e nunca tinha pensado em estar.
Alguns
chamaram de loucura, outros chamaram de coragem. Eu já nem tentava nomear. O
que antes era sonho, já era quase fato no dia do embarque . O que seria, então?
Meus pais chamavam de “investimento no meu futuro” (mas…não seria no presente?). Era
muita justificativa para uma só opção: subverter a ordem das coisas na
sociedade! (Como assim, você não vai se formar no “tempo certo”?).
Os pessimistas chamaram de “Ano Perdido”. A eles eu
dedico o meu post. Eles estavam certos: eu, realmente, perdi muito esse
ano!
Primeiro
de tudo, eu perdi MAIS um ano normal na faculdade, imaginando
como seria aquele mundo de que eu tanto ouvia falar, mas conhecia apenas uma
insignificante parcela. Eu perdi de passar mais um ano pensando “E
se…?.” Eu perdi um ano de desejar ser
uma pessoa em intercâmbio. Eu perdi um ano de reclamações. Eu perdi um ano de
atormentar os meus amigos e familiares com o meu mau humor e frustração. Eu
perdi de passar um ano num lugar, achando que meu lugar era outro. Eu perdi uma
formatura que me traria mais infelicidade que satisfação.
E
tem mais!
Eu me perdi pela Europa, eu me perdi pelo mundo. Dei um pulinho na Ásia, só pra sentir o gostinho
do – ainda mais – diferente. E querer voltar. Eu me perdi pelas ruas de todas
as cidades que visitei, principalmente Barcelona!
Eu me perdi pelos meses, pelas semanas e pelas
horas. E, só não me perdi mais, porque as
estações do ano estavam sempre lá, dispostas a lembrar que os tempos estavam
sempre dispostos a mudar, do mesmo modo que eu mudava.
Eu perdi ônibus, perdi trem, perdi avião. Sim, eu perdi! Eu também perdi o
sentimento de perda. Esse – que eu já começara a abandonar quando decidi vir
para a Croácia – continua se perdendo em cada viagem, em cada conversa, em cada
pessoa, em cada história de vida que eu não conheceria se tivesse continuado
abraçada ao comodismo.
Eu perdi o medo. E esse, esse foi o mais difícil de perder. Às
vezes ele visita, tenta se agarrar de volta, mas não demora a ser expulso.
Perdi o medo da estrada, perdi o medo da solidão, perdi o medo do futuro. Eu
perdi o medo da vida, eu perdi o medo da sociedade. E esse foi o mais lindo dos
medos perdidos. Não, eu não ouvi falar. Eu vi. Eu vi que nesse mundo tem –
SIM!- gente capaz de fazer o bem pelo bem. E isso trouxe a esperança de volta.
Ah, a esperança! Mas, peraí, essa entra nos ganhos. E esse texto é sobre perdas,
certo? Melhor parar por aqui…
Ah,
eu também perdi
o apego material. Claro que,
infelizmente, ainda não totalmente. Sim, ainda lentamente, ele se esvai. Ele se
vai. Ao longo de todo o processo anterior ao intercâmbio e ao longo do próprio
intercâmbio. Primeiro por uma questão de racionamento de dinheiro e, pouco a
pouco, por uma questão de consciência. As coisas materiais acabaram por
se tornar simplesmente…materiais. Apesar de matéria, elas carecem de
substância!
É
a tal da filosofia
da banana, que minha grande amiga,
companheira, aventureira desse ano de filosofias, viagens e aventuras, Jana
Maurer, bem nomeou e descreveu Aqui.E isso só entende e concorda quem já
sentiu a sensação de ter a “vontade de conhecer” mais pesada que a “mochila nas
costas”. É incrível como o “ter” se torna totalmente substituível pelo
“conhecer”.
E, finalmente, alguns irão
argumentar: mas, e os momentos com seus amigos e familiares que você,
efetivamente, perdeu? Aqui, eu reconheço, eu perdi. Mas, com isso, eu
(re)conheci o que e quem eu realmente sinto falta nos meus dias. Eu
(re)conheci o que realmente é importante pra mim no Brasil e/ou em qualquer
lugar do mundo: pessoas, afeto, laços, momentos, que se criam e renovam no
tempo. Ops! Esses são, de novo, ganhos e não perdas.
E
aí eu chego à última e mais importante da lista (não exaustiva) de
perdas: eu
perdi o lado negativo da vida. Perdi
essa mania de ver tudo pela ótica da perda. Porque, no fim, toda perda tem seu
ganho. Você só estava cego demais para enxergar.E aí, eu também perdi a
cegueira. Cegueira
de achar que eu era incapaz de narrar minha própria história.
Pois é. Eu perdi muito.
Este é o Blog da Ligia pra quem quiser ler ou seguir ela! Então meninas(os) lindas (os), SE PERCAM E MUITO neste um ano de loucuras, nesta aventura e neste amadurecimento, SE PERCAM :´)
11 dias e nem arrumei a mala ainda!
Kisses and hugs folks.
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